Contexto Global
Os mercados globais iniciam a sexta-feira com otimismo moderado, refletindo a resiliência dos índices americanos e europeus. Os futuros do S&P 500 (+0,36%) e do Nasdaq 100 (+0,43%) sinalizam continuidade da alta observada no fechamento de ontem, quando o S&P 500 à vista subiu 0,80%. Na Europa, o DAX futuro (+0,69%) e o Euro Stoxx 50 (+0,94%) acompanham o tom positivo, impulsionados por dados econômicos mistos. A confiança do consumidor na Zona do Euro caiu para -15,3 em junho, alinhada com as expectativas, mas a confiança industrial (-12,0) veio pior que o projetado (-9,9), indicando desafios no setor manufatureiro. Nos EUA, a expectativa para o Núcleo do Índice de Preços PCE (9:30 BRT) será pivotal, com projeções de 0,1% mensal e 2,6% anual, podendo influenciar as apostas sobre a política monetária do Fed. Na Ásia, o Nikkei 225 futuro (+1,46%) reflete otimismo, enquanto o China A50 (-1,60%) pressiona mercados emergentes.
Geopolítica Mundial
As tensões globais permanecem em foco. O conflito na Ucrânia continua impactando os preços de energia, com o gás natural futuro subindo 2,50% devido a preocupações com suprimentos na Europa. No Oriente Médio, negociações para um cessar-fogo em Gaza avançam lentamente, mantendo incertezas sobre o petróleo (Brent +0,24%, WTI +0,37%). Além disso, sanções recentes dos EUA contra a China no setor de tecnologia intensificam as tensões comerciais, afetando fluxos de capital para mercados emergentes, incluindo o Brasil. Esses fatores reforçam a volatilidade em commodities e moedas de países exportadores.
Política Nacional
No Brasil, o IGP-M de junho registrou deflação de -1,67%, abaixo do esperado (-1,02%), sinalizando alívio inflacionário no curto prazo, mas com pressões persistentes em alimentos. A taxa de desemprego (9:00 BRT) é aguardada em 6,4%, ante 6,6% anterior, o que pode reforçar a percepção de recuperação econômica. No entanto, incertezas fiscais persistem, com debates no Congresso sobre o arcabouço fiscal e a possibilidade de novas medidas de austeridade. A confiança dos investidores segue sensível a essas discussões, impactando o real e o Ibovespa.
Curva de Juros Americanos
A curva de juros americana mostra inclinação positiva, com rendimentos de curto prazo (2 anos: 3,748%, +0,89%) subindo mais que os de longo prazo (10 anos: 4,269%, +0,40%). A inversão parcial da curva entre 2 e 10 anos diminuiu, sugerindo menor receio de recessão iminente. A alta nos rendimentos reflete expectativas de inflação persistente, com o Núcleo do PCE sendo monitorado de perto. Para o Brasil, a elevação dos juros americanos pressiona o USD/BRL para cima, mas o impacto no Ibovespa pode ser mitigado pela força das commodities.
Commodities
As commodities apresentam desempenho misto. O minério de ferro (62%) sobe 1,99% para US$ 99,93 (USD=CNY 7,17), beneficiando empresas como a Vale. O petróleo Brent (+0,24%) e WTI (+0,37%) mantêm-se estáveis, apoiando a Petrobras. O café futuro em NY (-0,22%) e Londres (+0,95%) mostram divergências, enquanto a soja (+0,40%) e o farelo de soja (+0,07%) sobem, favorecendo exportações brasileiras. O cobre (-0,93%) e o níquel (+0,20%) indicam cautela no setor industrial. Esses movimentos reforçam o real no curto prazo, mas a volatilidade global limita ganhos expressivos.
Câmbio
O USD/BRL opera a 5,4952 (+0,30%), refletindo a força do US Dollar Index (DXY, +0,07%) e a alta dos juros americanos. O EUR/USD (+0,15%) e o USD/ZAR (+0,30%) mostram um dólar globalmente fortalecido. No mercado futuro, o dólar CME (Jul'25) está a R$ 5,4945, com máxima de R$ 5,4945 e mínima de R$ 5,4795, indicando estabilidade relativa. Fatores domésticos, como o IGP-M abaixo do esperado, e globais, como o PCE americano, devem ditar a direção do real hoje.
Tabela de Dólar Futuro CME
Dólar CME | Último | Máxima | Mínima |
---|---|---|---|
Cash | 5,4853 | 5,4795 | 5,4945 |
Jul'25 | 5,4945 | 5,4795 | 5,4945 |
Mercado Americano e Internacional
O S&P 500 à vista fechou em alta (+0,80%), e os futuros (+0,36%) apontam para continuidade do movimento. O Nasdaq 100 também sobe (+0,43% nos futuros), refletindo otimismo no setor de tecnologia. Na Europa, o DAX (+0,69%) e o IBEX 35 (+0,52%) acompanham o tom positivo, enquanto o VIX futuro (-6,97%) sugere menor aversão ao risco. Esses movimentos favorecem o Ibovespa, mas a queda do China A50 (-1,60%) pode limitar ganhos em mercados emergentes.
Mercado Brasileiro
O Ibovespa à vista fechou em 137.114 (+0,99%), impulsionado por Vale e Petrobras. O ETF EWZ (+2,03%) e a pré-abertura (+0,39%) reforçam o sentimento positivo. O EEM (+0,67%) tem pré-abertura negativa (-0,25%), indicando cautela em emergentes. A ADR da Petrobras (PBRa, +1,51%) e da Vale (+4,53%) mostram força, com pré-aberturas de +0,26% e +0,32%, respectivamente. Esses fatores apontam para uma abertura em alta moderada no Ibovespa.
Ontem às 18h00 o dólar futuro negociado na B3 teve uma movimentação bem atípica de -81 pontos no mini dólar e de -63 ponto no dólar cheio, chegando a entrar em leilão. Especula-se que o motivo seja uma zeragem compulsória de operação relacionada a um grupo de copytrade.
Calendário Econômico
O IGP-M de junho (-1,67%) veio abaixo do esperado, aliviando pressões inflacionárias. A taxa de desemprego (9:00 BRT) e o índice CAGED (14:30 BRT) serão monitorados para avaliar a saúde do mercado de trabalho. Nos EUA, o Núcleo do PCE (9:30 BRT) é o principal evento, com impacto potencial no USD/BRL e no Ibovespa. A confiança do consumidor Michigan (11:00 BRT) e o GDPNow do Fed de Atlanta (12:30 BRT) também merecem atenção.
Projeções
O Ibovespa deve abrir em alta moderada, impulsionado por commodities (minério de ferro e petróleo) e pelo desempenho das ADRs de Vale e Petrobras. No entanto, a cautela com o China A50 e o PCE americano pode limitar ganhos. Probabilidade de alta moderada: 65%.
O USD/BRL deve permanecer volátil, com viés de alta devido aos juros americanos e ao DXY, mas o IGP-M deflacionário pode conter pressões. Probabilidade de estabilidade ou leve alta: 60%.
Tabela Resumo
Ativo/Mercado | Cotação/Var% | Impacto Pot. no Ibovespa | Impacto Pot. no USD/BRL |
---|---|---|---|
Curva de Juros Americanos | 2 anos: +0,89% / 10 anos: +0,40% | Neutro | Alta |
Geopolítica Mundial | - | Baixa | Alta |
Política Nacional | - | Neutro | Neutro |
Minério de Ferro Futuro | US$ 99,93 (+1,99%) | Alta | Baixa |
Petróleo Fut. | Brent: +0,24% / WTI: +0,37% | Alta | Baixa |
Café Fut. | NY: -0,22% / Londres: +0,95% | Neutro | Neutro |
Cobre Fut. | -0,93% | Baixa | Neutro |
Níquel Fut. | +0,20% | Neutro | Neutro |
Soja Fut. | +0,40% | Alta | Baixa |
Índices Futuros de Ações | S&P 500: +0,36% / Nasdaq: +0,43% | Alta | Neutro |
EWZ | +2,03% (Pré: +0,39%) | Alta | Baixa |
EEM | +0,67% (Pré: -0,25%) | Neutro | Neutro |
ADR PETRO PBRa | +1,51% (Pré: +0,26%) | Alta | Baixa |
ADR VALE | +4,53% (Pré: +0,32%) | Alta | Baixa |
FOREX - USD/BRL | 5,4952 (+0,30%) | - | Alta |
US Dollar Index (DXY) | 97,21 (+0,07%) | Neutro | Alta |
Dólar Futuro CME | R$ 5,4945 (Jul'25) | - | Alta |
Criptomoedas (Bitcoin, Ethereum) | BTC: -0,36% / ETH: -0,22% | Neutro | Neutro |
Calendário Econômico | IGP-M: -1,67% | Neutro | Baixa |
Verificação Final: Este relatório foi elaborado com base em dados verificados até 08:31 BRT de 27/06/2025, com auxílio de inteligência artificial. As projeções refletem as condições atuais, mas as variações nos mercados abertos podem alterar essa visão ao longo do dia. Recomenda-se consultar um profissional de investimentos habilitado antes de tomar decisões de investimento.
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