terça-feira, 21 de setembro de 2021

THE STRAT

The Strat 

Recentemente tive contato com uma forma de analisar o mercado, chamada pelo autor Robert F. Smith de "The Strat", através de materiais disponíveis em sites, posts no twitter, canais do Youtube etc.

Sigo estudando e nesse post vou deixar registrado algumas coisas que encontrar pelo caminho, a fim de organizar as ideias e compartilhar o assunto, uma vez que, por ora, não tem material em português.


Let´s go ...
Bora lá !!!



SOBRE O AUTOR

O pai do Robert participou da mesa institucional do Merrill Lynch na bolsa CBOE (Chicago Board Options Exchange) , ou seja, o trading sempre esteve presente em sua vida.

Durante a época do colégio, Rob trabalhava na CBOE, nas férias de verão, quando ficou muito interessado pela análise técnica.

Após anos de tentativas, erros e incontáveis horas de intenso estudo, descobriu a ‘verdade simples’ por trás da ação dos preços (price action) que deu origem ao que se conhece hoje por "The Strat".



SOBRE O THE STRAT

É uma abreviação de "The Strategy", que é um método de trading que se baseia somente no que é verdadeiro, utilizando múltiplos tempos gráficos, análise quantitativa, observação do preço ao longo do tempo, dividido entre diferentes players do mercado, utilizando leitura de gráficos de candlestick. 


Pode ser utilizado em qualquer mercado e estilo/ periodicidade de trade. O objetivo é identificar condições que aumentem as chances de lucro no trading, além de obter um maior entendimento dos movimentos micro e macro dos ativos/mercados.


Pode ser aprendido/utilizado por qualquer tipo de trader, novato ou experiente, para trades de curto ou longo prazo. É dito que é relativamente fácil de entender e pode ser uma das ferramentas na sua caixa de ferramentas de trading.



O QUE SABEMOS SER VERDADE SOBRE A AÇÃO DO PREÇO?

What Do We Know to Be True About Price Action? – Robert F. Smith

Artigo original disponível no site NewTraderU , link :

https://www.newtraderu.com/2019/02/13/what-do-we-know-to-be-true-about-price-action/

(tradução livre)


Há duas questões que veem à cabeça quando perguntamos “qual é a real?” quando o assunto é viver de trade. Primeiro, quase todos falharão. Segundo, todos começam empolgados e ávidos por aprender. Então, onde está o erro?? Se seu caminho for parecido com o meu, é algo mais ou menos assim.


Você começa devorando toda informação que consegue, para aprender que quase todos métodos começam com um asterisco. *Algumas coisas funcionam em determinadas condições e outras em diferentes condições.


Quando você consegue identificar as condições que está negociando, as condições mudam e aí o problema começa. Você deve se perguntar: qual é o indicador que mostra em qual condição estamos negociando? Ele não existe.


Após ter aprendido sobre padrões, indicadores e ainda ser perdedor no mercado, alguns jogam a toalha se lamentando : “o trading não é pra mim”. Mas essa conclusão nem sempre é uma verdade.


A verdade é que tão logo as pessoas aprendem, sua forma de analisar/negociar se torna subjetiva. Não vou nem entrar na questão de que alguns conteúdos nem entram na parte do gerenciamento do risco, pois isso é tema para outra hora.


Nesse momento, você ainda tem dinheiro na conta e recorre ao que muitos chamam de “tempo de tela”, na crença de que se você olhar muitos gráficos, por muito tempo, você obterá o que chamo de “Educated Gut” (intestino educado!?).


Com isso quero dizer que, apesar de não entender o porque das coisas acontecerem, o fato de observar repetidas vezes o que você espera, a ação do preço eventualmente se tornará mais clara com o tempo. Desejo que isso aconteça. Contudo, me custou 20 anos e mais outros 7 para refinar o que vou apresentar aqui, então se prepare para uma longa jornada.


Moral da história : a subjetividade é inimiga do trader.


Então, como podemos negociar baseando-se completamente naquilo que é real, em contraposição ao que imaginamos que seja? Simplesmente se pergunte : o que sabemos ser verdade?


Aqui vai a real. De uma barra para outra há apenas 3 cenários possíveis de acontecer. No primeiro cenário, a próxima barra é tão fraca que não consegue fazer uma máxima maior e tão forte que não consegue fazer uma mínima menor que a da barra anterior. É chamada de inside bar e por definição é uma consolidação (equilíbrio). A barra que antecede a Inside Bar se chama Mother Bar (Barra Mãe) e também indica região de equilíbrio de preços entre comprados e vendidos.


No segundo cenário, a próxima barra ultrapassa um dos lados do range anterior. Por definição é considerado um movimento direcional uma vez que o mercado andou numa única direção.


No terceiro cenário, a próxima barra ultrapassa ambos os lados do range anterior. Então devemos ficar atentos para uma reversão, uma vez que não existe cenário 3 sem que tenha ocorrido antes um cenário 2. Por definição é conhecido como outside bar.





O cenário 3 é uma das coisas mais importantes que você pode aprender quando se procura entender a ação do preço. O fato do range ser ultrapassado em ambos lados é o único modo de medir a amplitude potencial de um movimento futuro.


Uma vez que o cenário 2 falhou, podemos combinar, mais do que vou te mostrar, o quanto podemos esperar que o range expanda novamente para formar a outside bar. Provavelmente esse seja o fenômeno mais esquecido pela indústria do trading.


Quase todo livro de análise técnica afirma que o “alargamento” (broadening) é uma formação extremamente rara, quando na verdade ele é uma das únicas formações que pode acontecer.


O “alargamento” é um padrão no qual o range continua se expandindo em ambos lados, por isso uma outside bar é um alargamento quando você reduz o tempo gráfico. Deve ser porque, por definição, o range está expandindo em ambos lados.


O que sabemos que é verdade? Há apenas 3 cenários que pode se desenvolver de uma barra para outra, é impossível que o preço faça qualquer outra coisa e o alargamento de fato ocorre porque a outside bar existe.


E o que mais sabemos que é verdade? Sempre há um debate se o mercado já caiu o suficiente, “Está próximo de um fundo?”. Isso pra exemplificar que a maioria usará análise subjetiva a fim de identificar o que é uma reversão. Você ouvirá coisas do tipo : “volume de exaustão” etc. A verdade é que há apenas 4 modos do preço reverter.


Primeiro: cenário 2 numa direção, seguido por cenário 1 e então um cenário 2 na direção oposta. (2↓-1-2↑)


•Segundo: cenário 2 numa direção seguido por cenário 2 na direção oposta. (2↑-2↓)


Terceiro: falha no cenário 2 e vira cenário 3, um outside bar.


Quarto: um cenário 3 numa máxima ou mínima, seguido por um cenário 1, então um cenário 2 retornando pra dentro do range. ( 3-1-2↑)


Fique à vontade para abrir um gráfico e rapidamente notará que qualquer reversão aconteceu através de um desses 4 modos acima. É impossível o preço reverter de outra forma.


Outro problema que muitos traders têm é relacionar o termo reversão a um topo ou fundo principal. Isso não é verdade. Eles ocorrem o tempo todo e são extremamente úteis durante uma longa tendência.

Você deve ter ouvido falar ou já utiliza no termo "vou entrar num pullback". Minha resposta geralmente é "Qual pullback? 2 cents? 50 cents? 2 pratas?". As respostas comuns giram em torno de : "Está voltando pra minha média móvel , pro meu nível de suporte" ou "Parece que parou de cair!". Então, podemos definir que um pullback é uma atividade corretiva que no final das contas termina mais alto.


Contudo, qualquer pullback também é uma reversão e deve ser uma das 4 opções mostradas acima.


Não significa que topos e fundos importantes não formam reversões.


É sabido que a maioria dos fund managers não performam melhor que o benchmark (a referência). Mostrei aqui como você poderia ter destruído o mercado baseado apenas no que expliquei até agora, utilizando um gráfico (macro) anual do SPY :


•De 1988 a 1999, todos cenários 2↑ na mesma direção. 

•Ano 2000 ainda foi um cenário 2↑ de alta, porém fechou abaixo da abertura. 

•Em 2001 foi acionado a reversão 2↑-2↓ e a venda. 

•Em 2003 foi um ano inside.

•Em 2004 acionou uma reversão 2↓-1-2↑ voltando a acionar a compra.

•De 2004 a 2007 foram os 2↑.

•2008 acionou uma reversão 2↑-2↓ de volta às vendas.

•2010 acionou uma reversão 2↓-2↑ de 2009 de volta às compras.

•Tem mantido cenário 2↑ com exceção de 2016 (cenário 3). 


Então, o que sabemos que é verdade? Há 3 cenários universais e 4 tipos de reversões. Então como juntamos tudo? Você deve ter notado meus exemplos com vários tempos gráficos. Um dos maiores erros dos traders é não usar análise com múltiplos tempos gráficos. Você deveria usar, pelo menos, 4 tempos gráficos a fim de verdadeiramente entender o que você está vendo. Mais importante, você precisa entender que os gráficos são simplesmente visualizações de dados estatísticos. Uma vez que você compreende como analisar os dados da forma que apresentei nesse artigo, mais claro ficará o que realmente está acontecendo.


Para dar uma ideia do quão pouco você sabe se não compreender isso. Se um gráfico diário for atualizado ao meio dia ao invés de na abertura, você veria um gráfico completamente diferente. Se um gráfico de 30 minutos fosse atualizado no minuto 15 ou 45, também seria completamente diferente que um gráfico padrão de 30 minutos. Do mesmo modo teria gráficos diferentes se o semanal fosse atualizado a cada dia da semana na abertura e cada dia ao meio dia.


Então o que você pensa que está vendo em qualquer gráfico é irrelevante para o que está realmente acontecendo. Você se torna um prisioneiro de como o software apresenta os dados a você. Então, uma outside bar pode não estar presente, mas sabemos que o fenômeno existe. Por exemplo, olhe para o gráfico anual do SPY. Se observar o a venda entre 2007 e 2009, notará que os 3 anos foram completamente fora dos 10 anos anteriores. Se fosse um gráfico de 3 anos atualizado em 2007, seria uma outside bar.


Análise com múltiplos tempos gráficos pode ajudar a mitigar tais problemas e além de ter uma visão melhor do que está realmente acontecendo. Basicamente utilizo o mensal, semanal, diário e 60 minutos como os tempos gráficos maiores. Também utilizo o anual e o trimestral como visão macro. Nos períodos de maior volatilidade, os tempos gráficos menores são igualmente importantes, como em outubro quando uma barra no 60 minutos teve o range de uma barra mensal em setembro.


Então, pelo alinhamento dos cenários e reversões ao longo dos vários tempos gráficos, não pensamos, nós sabemos o que está acontecendo. Se acontecer uma reversão no mensal, sabemos procurar por sinais de confirmação nos tempos menores. Análise com múltiplos tempos gráficos nos entrega informações importantes sobre o que os participantes do mercado estão fazendo. Essa próxima verdade universal do price action é chamada de Princípio da Continuidade Temporal (Time Frame Continuity Principle).


Todos gráficos estão verde porque estão negociando acima da abertura. Sabemos que é verdade que quando todos gráficos estão verdes e as aberturas estão em períodos diferentes, os participantes mais agressivos (pelo tempo e preço) estão no time dos comprados e tomando as ofertas. Frequentemente ouvirá que a razão pela qual os preços sobrem é porque há “mais compradores que vendedores”. Isso não é verdade porque todo comprador necessita encontrar um vendedor para sair um negócio. O comprador pode sentar na oferta e o preço não mudará. Contudo, durante os períodos de plena continuidade temporal se movendo pra cima, os compradores estão tão agressivos tomando todas as ofertas. Isso é o que deve estar acontecendo porque não há outra explicação.


Então, baseado no que sabemos que é verdade, há 3 cenários, 4 reversões e o princípio da continuidade temporal. Quando combinamos todos três, aumentamos nossas chances de estarmos certos. Pegamos uma das reversões em um ou mais tempos gráficos e se forma a continuidade temporal. Isso significa que tivemos uma atividade de correção com alta probabilidade de movimentação ascendente assim que cada homem, mulher e robô tomam as ofertas. Então o que sabemos que é verdade? Quando você junta os conceitos apresentados, já sei como são seu trades ganhadores e perdedores. Recomendo fortemente que use, pelo menos, 4 tempos gráficos e que mantenha esse checklist na sua mesa. Reveja seus trades e compare com o que viu nesse artigo, que vai se alinhar. À seguir o checklist :


Trades perdedores aconteceram:

1. Negociando no cenário 1 (inside bar).

2. Indo contra um cenário 2 (direcional bar).

3. Indo contra um cenário 3 (outside bar).

4. Indo contra o princípio da continuidade temporal.


Trades vencedores aconteceram:

1. Indo à favor do cenário 2 (direcional bar).

2. Indo à favor do cenário 3 (outside bar).

3. Indo à favor do princípio da continuidade temporal.



E é isso que sei que é verdade.


Quadro resumo com o que andei estudando até agora sobre o #TheStrat




Algumas estatísticas sobre o Ibovespa usando os cenários do The Strat :





 



    •CenAtual 1 : inside bar
    •CenAtual 2d : direcional de baixa
    •CenAtual 2u: direcional de alta    
    •CenAtual 3: outside bar
    •Sent -1: fechamento < abertura
    •Sent 0: fechamento = abertura
    •Sent 1: fechamento > abertura



•Combo Strat
(Fonte: Sara Sabatino , twitter)








em construção...










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Perfis no twitter:

•Robert F. Smith            @RobInTheBlack

•Sara Sabatino              @TradeSniperSara

•Arturo Peralta               @R2DayTrades

•Jermaine McGruder    @CyberDog2


Canais no Youtube:

•Playlist
https://www.youtube.com/watch?v=Axs6YxUoXHI&list=PLhZaWMHUM-cdVTcnGqsnsL8gT1kOHqFL3


•Rob Smith. Trading Screens Walkthrough. #TheStrat
https://www.youtube.com/watch?v=Iesx4rEA24c


•Rob Smith, hosted by Bill Barry 3/25/2021

https://www.youtube.com/watch?v=H_w4sbIku7Y


Arturo Peralta 

https://www.youtube.com/watch?v=Knvs1I63gS8


Ticker Tocker

https://www.youtube.com/c/TickerTocker/search?query=the%20strat

Unlock The Strat, CyberDog Webinar | Benzinga
https://www.youtube.com/watch?v=VpdPBG5N-uc