quarta-feira, 18 de junho de 2014

RATINGS


O QUE SÃO?

Segundo a Moody´s é uma opinião sobre a capacidade e vontade de um emissor de fazer pagamentos pontuais num instrumento de dívida durante a vida útil do instrumento.

Segundo a Standard & Poor´s é uma opinião sobre a capacidade de crédito geral de um devedor, ou a sua capacidade de crédito relativa a um título de dívida específico ou outra obrigação financeira.

Na definição da Fitch são opiniões sobre a qualidade relativa de crédito e não previsões de probabilidade de inadimplência específica. São uma medida relativa de risco de vulnerabilidade à inadimplência e não sugere ou transmite uma estatística específica sobre a probabilidade de inadimplência


No geral, as três agências divulgam que os ratings não são recomendação de compra, venda ou manutenção de qualquer título.

Na tabela abaixo pode-se ver o resumo das análises realizadas pelas agências. As letras são utilizadas para diferenciar o grau de vulnerabilidade das instituições/investimentos avaliados. Quanto mais acima na tabela melhor a avaliação e portanto menos vulnerável em relação aos que recebem notas mais abaixo da tabela.

Por exemplo, um investidor quer aplicar seu dinheiro em renda fixa e se depara com a seguinte situação: o mesmo produto (uma LCI), pagando o mesmo rendimento (93% do CDI) de instituições diferentes, a "X" que tem nota AA S&P e uma "Y" que tem nota "A" Fitch. Olhando na tabela abaixo, os dois possuem grau de investimento, porém o "X" recebeu uma avaliação melhor que o "Y", dando a entender que é menos vulnerável e que portanto seria um investimento teoricamente "mais seguro".





Resumo Geral das Opiniões Refletidas pelos Ratings da Standard & Poor’s:

AAA: Capacidade extremamente forte para honrar compromissos financeiros. Rating mais alto. 
AA: Capacidade muito forte para honrar compromissos financeiros.
A: Forte capacidade para honrar compromissos financeiros, porém é de alguma forma suscetível a condições econômicas adversas e a mudanças circunstanciais.
BBB: Capacidade adequada para honrar compromissos financeiros, porém mais sujeito a condições econômicas adversas.
BBB-:Considerado o nível mais baixo da categoria de grau de investimento pelos participantes do mercado.
BB+: Considerado o nível mais alto da categoria de grau especulativo pelos participantes do mercado.
BB: Menos vulnerável no curto prazo, porém enfrenta atualmente grande suscetibilidade a condições adversas de negócios, financeiras e econômicas. 
B: Mais vulnerável a condições adversas de negócios, financeiras e econômicas, porém atualmente apresenta capacidade para honrar compromissos financeiros. 
CCC: Atualmente vulnerável e dependente de condições favoráveis de negócios, financeiras e econômicas para honrar seus compromissos financeiros.
CC: Atualmente fortemente vulnerável.
C: Um pedido de falência foi registrado ou ação similar impetrada, porém os pagamentos das obrigações financeiras continuam sendo realizados.

D: Inadimplente em seus compromissos financeiros.

Ratings de AA a CCC podem ser modificados mediante a adição de um sinal de mais (+) ou de (-) para demonstrar sua posição relativa dentro de uma categoria mais ampla de ratings.


Escalas Nacionais
Os ratings Nacionais foram desenvolvidos para utilização principalmente nos mercados emergentes com ratings soberanos em grau especulativo ou não investimento ou com baixo grau de investimento. Com pouco ou nenhum histórico de inadimplência de emissores ou emissões classificadas nestes mercados, os ratings Nacionais foram projetados apenas para indicar relativa capacidade creditícia destes emissores ou emissões. 

•Escala da Fitchs: https://www.fitchratings.com.br/pages/map_ratings
•Escala S&P: http://www.standardandpoors.com/servlet/BlobServer?blobheadername3=MDT-Type&blobcol=urldata&blobtable=MungoBlobs&blobheadervalue2=inline%3B+filename%3DBrazilNationalScale_PORT.pdf&blobheadername2=Content-Disposition&blobheadervalue1=application%2Fpdf&blobkey=id&blobheadername1=content-type&blobwhere=1244365572086&blobheadervalue3=UTF-8


Outros exemplos de classificações das agências de ratings:


      Dados de abril/14.




No site da BM&F Bovespa você pode acessar os ratings de instrumentos de renda fixa emitido pelas empresas. 
É só clicar aqui.

Para conhecer um pouco mais das agências de ratings clique abaixo:

Moody´s 

Standard & Poor´s 

Fitch

•Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_de_cr%C3%A9dito

•Tabela Geral: http://visao.sapo.pt/tabela-ratings=f557041



terça-feira, 17 de junho de 2014

Clubes de Investimentos



O que são?



São condomínios constituídos por pessoas físicas para a aplicação de recursos comuns em títulos e valores mobiliários, tais como ações, títulos públicos entre outros.

Deve ser constituído por no mínimo 3 e no máximo 50 (cinquenta) cotistas.

Nenhum investidor pode deter mais do que 40% das cotas.





O Clube de Investimento deve possuir, no mínimo, 67% (sessenta e sete por cento) de seu patrimônio líquido investido em:

  • Ações;
  • Bônus de subscrição;
  • Debêntures conversíveis em ações, de emissão de companhias abertas;
  • Recibos de subscrição;
  • Cotas de fundos de índices de ações negociados em mercado organizado; e
  • Certificados de depósitos de ações.

O que exceder a porcentagem de 67% (sessenta e sete por cento) pode ser aplicado em:
  • Outros valores mobiliários de emissão de companhias abertas;
  • Cotas de fundos de investimento das classes “Curto Prazo”, “Referenciado” e “Renda Fixa”;
  • Títulos públicos federais;
  • Títulos de responsabilidade de instituição financeira; e
  • Compra de opções.

Um dos principais objetivos do Clube de Investimento é ser um instrumento de aprendizado para o pequeno investidor e um canal de acesso ao mercado de capitais.


Como criar o seu Clube de Investimento?
Você vai precisar de um administrador - que deve ser uma Corretora, uma distribuidora de títulos ou um banco com carteira de investimento. A Instituição escolhida cuidará de todos os documentos e dos registros legais e vai zelar pelo bom funcionamento do clube.



Quantidade de Clubes de Investimento
Conforme registros no site da BMF & Bovespa, o primeiro Clube de Investimento foi registrado em 04/07/1983 e chama-se “Clube de Investimento Patrimônio”. De lá pra cá vários Clubes foram abertos e outros tantos cancelados.




No total existem 5.513 clubes listados, dos quais 1.640 estão ativos (30%)  e  3.873 foram cancelados (70%); administrados por 210 Agentes, dos quais 73 ainda permanecem com pelo menos 1 Clube ativo. 

Abaixo lista com 20 agentes ordenados pelo número de Clubes ativos liderados pela "XP", "UM", "Geração Futuro" e "Spinelli":




Tributação
O clube é isento do Imposto de Renda, mas os cotistas pagam IR na fonte no momento do resgate de suas cotas. O imposto incide somente sobre o valor de resgate, quando houver ganhos, de 15% sobre a rentabilidade.

Os resgates efetuados em prazo inferior a 30 dias, a contar da data de aplicação, estão sujeitos a cobrança de IOF.

No investimento direto em Bolsa, o investidor deve pagar imposto na fonte sobre vendas acima de R$ 20.000,00/mês.



Regulamentos
Existem algumas regras que devem ser observadas e atendidas. Veja o regulamento que estabelece as regras e procedimentos de registro, organização e funcionamento dos Clubes de Investimento em:




segunda-feira, 16 de junho de 2014

ESTUPIDEZ ARTIFICIAL

Um título forte para um projeto de pesquisa no MIT, mas é nisto que o professor e gestor de fundos de investimentos Andrew Lo está trabalhando atualmente.

Neste vídeo entrevista de 02/05/14 com Consuelo Mack da Wealthtrack, Lo comenta que entender como os investidores cometem erros automaticamente e como seus portfólios de investimentos estão sujeitos a estes erros é um modo para se chegar a um “antídoto” para nos tornar “mais espertos”. 

Comenta que todos nós vamos perder dinheiro com investimentos (se já não perdemos). Só a título de exercício quantos de nós já não comprou algo na máxima (mais caro) e depois vendeu na mínima (mais barato)?

O projeto de pesquisa tenta identificar as tendências naturais dos indivíduos e compará-las com resultados a fim de verificar quando essas tendências foram benéficas e quando foram prejudiciais. Identificar o que é a estupidez artificial e tentar fazer o oposto.

No projeto identificou 11 tipos diferentes de cognição humana que são prejudiciais para os investimentos e comenta que um dos maiores erros é demorar demais para sair de uma posição perdedora após uma grande queda do mercado, pois além de fazê-lo perder capital isso faz com que demore mais tempo para voltar a ter confiança e reinvestir seu dinheiro, podendo fazê-lo perder grandes oportunidades.

Um antídoto para este comportamento é estabelecer o rebalanceamento automático/periódico  a fim de evitar reagir emocionalmente à volatilidade do mercado.

Lo é a favor da diversificação, mas alerta que o investidor deve analisar sua tolerância a perdas/riscos e montar um portfólio compatível com seus objetivos, necessidades, idade, tolerância a falta de liquidez e circunstâncias. A cesta de investimentos pode incluir (mas não se limitar a): ações, contratos futuros, ETFs, Títulos públicos, moedas, commodities.

Não é possível prever as catástrofes, mas é importante saber identificar se o ambiente de mercado está normal (volatilidade média) ou anormal (volatilidade alta/acima da média), pois em tais ambientes as ações podem não ser bons negócios para se expor ou deve-se reduzir esta exposição.


#Ficaadica: assista a entrevista em inglês em http://www.youtube.com/watch?v=tMutcOTeSaY 


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Andrew Lo, professor de finanças e diretor do laboratório de engenharia financeira no MIT Sloan School Of Management (http://www.argentumlux.org/home-42.html ), e Chairman & Chief Investment Strategist do Alphasimplex Group (http://www.alphasimplex.com/)

IBOV - Semana 24 - 2014

O IBOV fechou a semana 24 de 2014 com alta de +3.16% em relação a semana anterior. Se aproxima da borda superior do canal de baixa (em laranja), onde pode oferecer área de realização, principalmente porque faltou volume acima da média.

No ano e no mês a maior rentabilidade é do IBOV (dos índices acompanhados). No lado negativo está o dólar tanto no mês quanto no ano.



Como alguns economistas vêm comentando, estamos num período de baixo crescimento com inflação na banda superior. Como indicado no gráfico o Banco Central não deve ter aumentado a SELIC na última reunião do COPOM por acreditar que o recuo no crescimento do PIB faça com que a inflação recue. Vamos acompanhar, pois se for isso mesmo e o Governo começar a reduzir os juros, este pode ser um bom momento para entrada em títulos públicos mistos (NTNBs) e nas LCI/LCAs pré-fixadas (mas fiquem atentos as taxas ofertadas e os critérios de liquidez).



sexta-feira, 13 de junho de 2014

ELPL4

Gráfico semanal.
#Whoknows?


ALLL3

No gráfico semanal a ALLL3 parece interessante. Entrada por volta dos $8.79, stop por volta dos $7.76 (Risco de $1.03) e alvos em topos anteriores e na projeção alternada de Fibo. 

Graficamente interessante, chances parecem boas, mas o Sr Mercado é que decide pra que lado vai. #Whoknows ?


quarta-feira, 11 de junho de 2014

Resumo do dia e Posição das Corretoras

*Site com resumo do dia em relação as ações/opções mais/menos valorizadas e as mais/menos negociadas:

http://www1.cedrofinances.com.br/opMarketResume.cedro


*Link trazendo a posição das corretoras por ativos. Neste link está a PETR4

http://www1.cedrofinances.com.br/playersQuote.cedro?p=petr4

TÍTULOS PÚBLICOS - TESOURO DIRETO

Resumo com fins didáticos sobre os títulos públicos oferecidos  no site do Tesouro Direto. Para informações oficiais consulte sempre o site :  https://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto .



No geral, os títulos públicos podem ser considerados investimentos de renda fixa para aquele investidor que ficar com o título até o vencimento. Assim, receberá a taxa prá-definida (no caso dos títulos pré) ou a variação do indexador escolhido (títulos pós e mistos).

Para não ter surpresas, o investidor deve estudar e definir qual título é mais indicado para o seu perfil, necessidades e objetivos antes de investir. Descubra mais no tópico VAriação dos Preços dos Títulos (no final) ou em  http://www3.tesouro.gov.br/tesouro_direto/perfil_investimento_novosite.asp



CUSTOS



As alíquotas de imposto de renda são aplicadas sobre os rendimentos na venda antecipada, nos vencimentos dos títulos e no pagamento de cupons ocorridos nos intervalos de tempo indicados, após a aplicação inicial.

IOF
Além do IR tem também o IOF regressivo para movimentações antes de 30 dias da aplicação, mas estes não incidem nos cupons de juros.




TAXA DE CUSTÓDIA
Há também a taxa de custódia de 0,30% a.a. sobre o valor dos títulos, cobrada pela BMF&Bovespa, referente aos serviços de guarda dos títulos e às informações e movimentações dos saldos. Esta taxa é provisionada diariamente a partir da liquidação da operação de compra (D+2). Por ser provisionada diariamente, é cobrada proporcionalmente ao período em que o investidor mantiver o título, e é cobrada até o saldo de R$1.500.000,00 por conta de custódia.

TAXA DA CORRETORA
Pode haver também uma taxa cobrada pela corretora, que pode ser cobrada anualmente e/ou por operação. Se informe antes de investir pois isso pode impactar nos seus resultados finais. Há corretora que cobram mais e outras que até isentam essas taxas. ara saber quais são pesquise em :  http://www3.tesouro.gov.br/tesouro_direto/consulta_titulos_novosite/consulta_ranking.asp


VARIAÇÃO DO PREÇO DOS TÍTULOS
De um modo geral, um aumento na taxa de juros de mercado faz o valor dos títulos públicos diminuírem e quando as taxas de juros caem o valor dos títulos sobe. 




Por conta disso o investimento em títulos públicos podem ser considerados de renda fixa se o investidor carregar os títulos até o vencimento. Caso contrário, no momento do resgate antecipado ele pode ter uma rentabilidade acima ou até abaixo do contratado. O investidor deve estudar e entender melhor a dinâmica de formação dos preços dos títulos antes de investir. Para aqueles que querem conhecer um pouco mais tem material no próprio site do Tesouro : 

http://www3.tesouro.gov.br/legislacao/download/divida/decretos/Bonds_Versao_portugues_atualizado_Revisado.pdf  

ou


 http://www3.tesouro.gov.br/tesouro_direto/download/precificacao.pdf

ou

http://www3.tesouro.gov.br/tesouro_direto/download/edesp_ima_tpf.pdf


Aqui fica a recomendação para um curso que achei bem interessante com possibilidades de troca de idéias além de tirar dúvidas: http://carteirarica.com.br/renda-fixa-e-curso-tesouro-direto/


TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA COMPRA
Os títulos disponíveis para compra e seus respectivos preços, vencimentos e taxas estão disponíveis em: http://www3.tesouro.gov.br/tesouro_direto/consulta_titulos_novosite/consultatitulos.asp



RENTABILIDADES
As rentabilidades diárias, mensais e anuais dos títulos podem ser acompanhadas na página: 
http://www3.tesouro.gov.br/tesouro_direto/rentabilidade_novosite.asp



HISTÓRICO DE PREÇOS E ESTATÍSTICAS
O histórico de preços, taxas bem como estatísticas dos títulos públicos do tesouro direto podem ser baixados em planilha excel  no link: https://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt/balanco-e-estatisticas



Bons investimentos.


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segunda-feira, 9 de junho de 2014

IBOV - Semana 23 - 2014

IBOV teve uma boa semana de alta com +3.69 em relação a anterior. No ano o CDI permanece mais valorizado com acumulada de +4.33%. O indicador Selic+RO sugere que a taxa Selic deveria estar em torno dos 11.50%aa, mas como é ano de eleição, antes de outubro ou da posse pode ser que o banco central continue confiando que o baixo PIB do país vai segurar a inflação, o que pode não ocorrer.