sábado, 12 de julho de 2014

IBOV - Semana 28 - 2014

O #IBOV fechou a semana aos 54.785 pontos, uma alta de +1.35% em relação à semana anterior. Várias publicações creditaram essa alta devido ao chocolate que a seleção brasileira de futebol levou da seleção alemã (7x1) no novo estádio do Mineirão na terça-feira e que isso pode levar à queda de popularidade da candidata a reeleição a presidência da república a Sra. Dilma Rousseff.

O #IBOV vem como destaque de rentabilidade no ano, só que seguido de perto pelo Ouro e pelo CDI.

No gráfico semanal abaixo vemos que o IBOV está numa região que pode oferecer resistência, além de uma divergência de baixa entre os preços e o indicador +DI, e do sinal de fraqueza do ADX nesta última pernada de alta. Vem pra baixo contaminado com os problemas da Argentina e do banco português? #Whoknows ?




Outro fato relevante da semana foi a publicação na minuta do FED que confirmou que os estímulos quantitativos acabam em outubro, mas ainda sem qualquer indicação sobre aumento da taxa de juros (cujas expectativas é de que seja em 2015). Uma coisa é o fim dos estímulos, ou seja, parar de entrar dinheiro novo no mercado. Outra fase é a retirada dos trilhões que inundam mensalmente o mercado desde a crise de 2008. Se os juros reais brasileiros já estão altos agora, com essa farra de liquidez, imagine quando os EUA começarem a enxugar!? É hora do investidor começar a olhar para a renda fixa, títulos do governo, fundos cambiais como alternativas de investimentos também.

Destaques das ações que mais subiram e caíram nos últimos 5 pregões (fonte: Exame)




As 20 maiores empresas listadas na bolsa, ordenadas por valor de mercado. Destaque para Ambev maior que Petro:




No mundo real, inflação alta e baixo crescimento da economia. A inflação acumulada nos últimos 12 meses está em 6.52%, ou seja, acima da “máxima” prevista pelo governo (lembrando que a meta é 4.5%aa). Nesta semana o mercado financeiro baixou novamente a estimativa de crescimento da economia brasileira neste ano conforme o boletim Focus, do Banco Central. A estimativa dos analistas para o Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 1,10% para 1,07%, sendo a sexta semana consecutiva de queda neste indicador. 

O Índice de Confiança da Indústria publicado pela FGV está em seu menor nível histórico (87.2 pontos). O Nível de Utilização da Capacidade Instalada está em 83.5%, seu menor nível desde nov/2011.




A Sondagem da Indústria de Transformação divulgada 30/06, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) mostrava a tendência de mais demissões que admissões. O indicador de emprego previsto foi de 94,8 pontos, o pior resultado desde maio de 2009, quando atingiu 94,3 pontos. Entre os setores que se mostraram mais propensos a desligar do que contratar funcionários, estão: Metalurgia, Mecânica, Material de Transporte, Mobiliário, Química, Produtos de matérias plásticas, Têxtil, Vestuário e Calçados. No caso da metalurgia o indicador está "péssimo", com 70 pontos, ou seja, 30 pontos porcentuais a mais de empresas dizendo que o quadro de funcionários iria diminuir.

Um dos motores da economia brasileira, a indústria automobilística, está temporariamente desligado por conta dos estoques elevados e do baixo ritmo de vendas, que foi reduzido ainda mais por conta da copa. A GM que parou sua linha de produção de São José dos Campos, São Caetano e Gravataí deve retornar a partir das próximas semanas.

Por falar em montadoras, vejam o ajuste efetuado pela ANFAVEA em suas projeções depois da extensão do benefício de IPI reduzido:
- Emplacamentos: de alta de 1,1% para queda de 5,4%
- Produção: de alta de 1,4% para queda de 10%
- Exportações: de alta de 1,6% para queda de 29,1%

Então, qual será o poder de fogo dessa redução de IPI ?

Cenário desafiador para o próximo presidente do Brasilsilsil.

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