Começando pelo acumulado no ano de alguns ativos, vemos o reflexo da pandemia no Dólar, com valorização de 32,9%, seguido do Ouro com +14%, no petróleo Brent (-43,4%), IBOV em dolar (-43,1%), petróleo WTI (-42,1%), IBOV (-24,4%) e no SP500 (-5,8%).
Há expectativa de volta as atividades em várias cidades/países o que pode gerar (ou não) uma segunda onda de casos de gripe/pneumonia pelo COVID19.
DOLAR COMERCIAL
Após deixar uma máxima no ano na casa dos 5.97, recuou até 5.27, uma queda de -11,7%, chegando numa região essa que no passado já serviu de suporte/resistência.
OURO
Ouro por ter valor comercial e ser um recurso natural finito, é tido por alguns como uma reserva de valor, mesmo em momentos de crise.
No gráfico mensal, observamos que os preços atingiram patamares que , no passado, serviram de resistência, sendo que o topo histórico está em USD 1.909,7.
No gráfico semanal, atingiu o alvo da bandeira de alta.
PETRÓLEO
Após o evento dos preços negativos nos futuros do petróleo por conta do excesso de demanda em relação á procura (gerado, entre outros fatores, pela pandemia) os preços voltaram para dentro do canal de baixa e regiões de preços que no passado serviram como suporte. Caso volte a cair a expectativa está na região dos fundos anteriores (36.23 / 27.19). Caso siga no rumo de alta tem as regiões de 44.47 , 50.40 , 58.20 e 69,65).
MERCADOS GLOBAIS
Me chamou atenção a força do mercado americano (índice Nasdaq) e do Argentino (Merval).
SP500
Após os EUA terem anunciado socorro e injetado dinheiro no mercado, o índice SP500 se recuperou 'bem' desde a pernada de baixa entre os 3.393 pontos aos 2.191 (-35%), retornando aos patamares dos 3.044.
Acima tem gap aberto entre 3.260 e 3.328 além do topo histórico na região dos 3.393 . Para baixo tem 2.950, 2.820, 2.730, 2.345 e o fundo do ano 2.191.
IBOVESPA
Após a pernada de queda entre 119.593 e 61.691 pontos (-48,4%) o índice vem se recuperando e acelerou nas duas últimas semanas atingindo região dos 87.400 pontos (-27% em relação ao topo histórico e -24,4% no acumulado do ano).
Não é uma recuperação da dimensão do mercado americano e pode ser reflexo não só da paralisação pela pandemia, mas também pela instabilidade política, fatores pelos quais possivelmente nosso mercado veio perdendo a atratividade dos investidores estrangeiros.
ÍNDICES SETORIAIS
Todos índices setoriais fecharam maio no positivo, com destaque de maiores altas para o de materiais básicos (12,6%) e de utilidades (11,7%) e as menores altas ficaram com o setor imobiliário (1,0%) e o financeiro (4,4%) .
No acumulado do ano todos setores estão no negativo com destaque para a maior queda: Imobiliário (-40,8%) e o de menor queda: Materiais Básicos (-12,6%).
AÇÕES DO IBOVESPA
Das 75 ações que compõe a carteira atual do Ibovespa, apenas 9 ações estão com retorno positivo variando entre +45,8% (BTOW3) e +4,3% (BEEF3).
No lado negativo temos 66 ações variando entre -79,7% (IRBR3) e -0,6% (VALE3).
Em relação á volatilidade histórica medida pelos últimos 30 pregões (é a forma que a plataforma, que utilizo, calcula) e deixando em termos de % ao dia, temos o IBOV com 2,8% e as ações mais 'nervosas' : AZUL4 (7,6%), CVCB3 (7,4%), GOLL4 (6,6%), IRBR3 (6,4%) e VVAR3 (6,4%).
No lado das mais 'calmas' temos : TAEE11 (1,5%), VIVT4 (2,2%), EGIE3 (2,3%), RADL3 (2,4%) e CRFB3 (2,4%).
AÇÕES SMALL CAPS
Das 90 ações que compõe a carteira atual do índice de small caps, 5 ações estão com retorno positivo variando entre 30,8% (MRFG3) e 2,0% (SLCE3).
No lado negativo temos 85 ações variando entre : -75,5% (AZUL4) e -3,5% (CESP6).
Em relação á volatilidade histórica, em termos de % ao dia, temos o índice SMLL com 3,1% (acima do IBOV) e as ações mais 'nervosas' : DMMO3 (7,7%), AZUL4 (7,6%), CVCB3 (7,4%), AMAR3 (6,9%) e PRIO3 (6,9%).
No lado das mais 'calmas' temos : TAEE11 (1,5%), ALUP11 (2,2%), CAML3 (2,5%), ENBR3 (2,6%) e CESP6 (2,6%).
JUROS
Mais uma na conta da pandemia e da instabilidade política.
mercado de juros futuros após um mês de março 'agitado', segue seu rumo morro abaixo com Selic meta a 3%aa e contrato janeiro/21 apontando pra mais queda.
BITCOIN
E por último, mas não menos importante deixo um registro sobre a criptomoeda mais negociada mundialmente, o Bitcoin.
Interessante notar que o Bitcoin recuperou 'bem' a queda desde o topo recente em USD 10.500 , após ter caído até 3.782 (-64%) retornando para região dos 10.036 (-4,4% desde o topo).
Com essa realidade dos bancos centrais 'imprimindo' dinheiro, gerando dúvida em relação á capacidade de manter/honrar com as contas, esse sistema que a mais de uma década vem sendo utilizado, testado, aprimorado, pode ser uma alternativa para as pessoas realizarem suas transações. Não sei se exatamente o BTC ou outra que surgirá.
P.S. : Recentemente fazendo umas pesquisas pela internet me deparei com alguns 'fatos' que me chamaram a atenção e que parecem ter alguma 'conexão'.
Existe uma rede internacional de pagamentos (muito utilizada) conhecida pela sigla SWIFT (Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication), fundada em 1973 inicialmente com 239 bancos de 15 países, sediada em Bruxelas. Hoje conta com mais de 200 países/locais e mais de 11.000 instituições financeiras interligadas ao sistema.
Em 2.006 apareceu envolvida numa polêmica entre Estados Unidos e União Européia, caso mostrado em publicação dos jornais New York Times, Wall Street Journal, apontando que o governo americano tinha acesso as informações do SWIFT via o programa "Terrorist Finance Tracking Program" .
Em 2.008 surgem publicações sobre o Bitcoin e o blockchain, uma forma de movimentar divisas de modo criptografado (seguro) e descentralizado.
Seria uma 'resposta' ao sistema atual que se mostrou 'falho' em garantir a segurança dos dados dos usuários pelo SWIFT !?
Fontes :
https://www.swift.com/about-us
https://pt.wikipedia.org/wiki/SWIFT
https://en.wikipedia.org/wiki/Society_for_Worldwide_Interbank_Financial_Telecommunication