quarta-feira, 10 de setembro de 2025

RESUMO PRÉ-ABERTURA DO MERCADO - 10/09/2025

 

1. Contexto Global

Os mercados globais exibem uma dinâmica mista, com sinais de resiliência na Europa contrastando com contrações na Ásia, enquanto os EUA mantêm otimismo moderado em meio a revisões de dados econômicos. Indicadores recentes incluem o Índice de Otimismo de Pequenas Empresas NFIB nos EUA, que subiu para 100,8 em agosto, superando a projeção de 100,5 e sinalizando maior confiança empresarial apesar de preocupações com qualidade de mão de obra, o que apoia expectativas de cortes de juros pelo Fed e impulsiona fluxos para ativos de risco globais, beneficiando indiretamente o Ibovespa via maior apetite por emergentes. Na China, o IPC mensal ficou em 0,0% em agosto, abaixo da expectativa de 0,1%, refletindo deflação persistente e pressionando commodities, enquanto o IPC anual de -0,4% reforça preocupações com demanda fraca, impactando exportações brasileiras de minério e soja. Movimentos de mercado destacam o S&P 500 Futuro em 6.528,60 (+0,24%), próximo de máximas históricas, e o Nikkei 225 Futuro em 43.595,00 (+0,54%), com o Ouro em 3.692,92 (+0,29%) atingindo novas máximas acima de US$ 3.674/oz em meio a tensões geopolíticas, enquanto o Petróleo WTI sobe para 63,09 (+0,73%) impulsionado por estoques menores. Eventos relevantes incluem o encontro do Eurogrupo na Europa, discutindo estabilidade fiscal sem alterações em ratings de investimento para a Zona do Euro ou EUA, e revisões baixas em payrolls americanos, reforçando apostas em afrouxamento monetário. As implicações para o Brasil são positivas para o Ibovespa, com correlação histórica de 0,65 com o S&P 500 sugerindo suporte de 0,2-0,5% em abertura, mas o fortalecimento do USD/BRL pode pressionar em 0,1-0,3% se a deflação chinesa persistir, afetando exportadoras como Vale e Petrobras via menor demanda por commodities (correlação -0,45 com CNY).

2. Geopolítica Mundial

  • Ataque israelense em Doha, Qatar, contra líderes do Hamas. Ontem Israel realizou um ataque que matou seis membros do Hamas em Doha, incluindo figuras de liderança, gerando condenações globais e tensões com o Qatar, aliado dos EUA na região. Não há sanções econômicas imediatas confirmadas, mas o incidente escalou preocupações com estabilidade no Oriente Médio.

  • Polônia derruba drones russos em seu espaço aéreo durante ataque à Ucrânia. A Polônia, membro da OTAN, abateu drones russos em violação inédita de seu espaço aéreo, elevando tensões na Europa Oriental sem escalada imediata para sanções adicionais contra a Rússia.

  • Protestos violentos no Nepal com renúncias ministeriais e incêndio no parlamento. Ontem também tiveram protestos anticorrupção no Nepal resultaram em 19 mortes, renúncias de ministros e incêndio no parlamento, destacando instabilidade na Ásia do Sul sem sanções econômicas diretas, mas afetando relações regionais com a Índia e China.

  • Ataque russo a fila de pensões na Ucrânia mata 24. Um ataque aéreo russo em Yarova, Ucrânia, matou 24 civis em uma fila de pensões, intensificando o conflito sem novas sanções confirmadas nas últimas horas.

3. Política Nacional

  1. Julgamento no STF sobre ex-presidente JB e outros réus. O professor Conrado Hübner, da USP, analisou que o STF pode ajustar penas devido a octanagem política, considerando o contexto das ações de 8 de janeiro e implicações para a estabilidade democrática. O evento ocorre em sessão contínua, impactando debates sobre accountability.

  2. Negociações sobre tributação de LCAs e CRAs. O deputado Carlos Zarattini negocia com ruralistas a tributação de LCAs e CRAs, aguardando relatório da Receita sobre impactos fiscais, o que pode influenciar a agenda legislativa rural e fiscal. Isso reflete tensões entre agronegócio e reforma tributária.

  3. Apoio da direita à anistia. O apoio da direita à anistia fortalece bloqueios a agendas legislativas, alimentando descrédito na classe política e polarizando o Congresso. Isso pode atrasar reformas, com implicações sociais em confiança institucional.

4. Curva de Juros Americanos

A curva de juros dos EUA apresenta inclinação moderada, com o rendimento do Treasury 10Y em 4,091% (+0,47%), refletindo alta ante o prévio de 4,072%, impulsionada por expectativas de inflação persistente e dados de payrolls revisados para baixo, o que pressiona o Fed a pausar cortes. O Treasury 2Y está em 3,546% (+0,11%), com spread 10Y-2Y em cerca de 0,545 pontos, indicando menor recessão risk mas maior custo de financiamento. Nos mercados americanos, isso sustenta yields elevados, limitando rallys em ações; globalmente, atrai fluxos para Treasuries, fortalecendo o dólar e pressionando emergentes; no Brasil, eleva custos de carry trade, com possível alta de 5-10 bps em NTN-B, impactando Ibovespa via valuation de bancos e endividamento corporativo.

5. Commodities

Os futuros de commodities mostram resiliência seletiva, com Ouro em US$ 3.692,92 (+0,29%) beneficiando joalherias e reservas do BC em meio a riscos geopolíticos, enquanto Prata avança para US$ 41,813 (+1,14%), apoiando eletrônicos. O Minério de Ferro (62%) cotado a 805 CNY/t (+0,25%) converte para ~US$ 112,94/t (taxa USD/CNY 7,1292), sustentando Vale mas pressionado por deflação chinesa, com impacto positivo moderado em exportações (~R$ 50 bi anuais) e leve suporte ao USD/BRL via balança comercial. Petróleo WTI em US$ 63,09 (+0,73%) impulsiona Petrobras (correlação 0,7), elevando receitas de exportação em ~US$ 1 bi por 1% de alta; Café C em 385,83 cents/lb (+1,06%) beneficia produtores como JDE, com alta de 1% adicionando R$ 200 mi em receitas; Cobre estável em US$ 4,5693 (0,00%), neutro para indústrias; Níquel em 15.042 USD/t (-0,43%) pressiona Vale; Soja em US$ 10,2725/bu (-0,36%) afeta agronegócio, reduzindo superávit comercial em R$ 300 mi. No geral, commodities fortalecem exportadoras brasileiras, suportando Ibovespa em 0,2-0,5% mas com USD/BRL volátil por demanda chinesa fraca.

6. Câmbio

O USD/BRL negocia em 5,4322 (-0,02%), estável após dados chineses fracos, com viés de alta por yields americanos elevados. O DXY em 97,75 (-0,04%) reflete pausa em fortalecimento, enquanto EUR/USD em 1,1707 (-0,03%) pressiona real via euro fraco; USD/JPY em 147,43 (+0,03%) sustenta carry trades; USD/ZAR em 17,5599 (+0,28%) indica risco emergente similar. Tabela do Dólar Futuro CME (spot e primeiro vencimento, convertido para BRL com 4 casas):

Dólar CME  Último  Máxima  Mínima  Range
Spot 5.4310 5.4424 5.4310 0.0114
Out/25 5.4654 5.4795 5.4636 0.0159

7. Mercado Americano e Internacional

O S&P 500 fechou em 6.512,61 (+0,27%), com after-hours estável em torno de +0,10%, refletindo otimismo pós-NFIB; Nasdaq em 23.839,80 (+0,33%), after-hours +0,15% impulsionado por tech. O DAX Futuro em 23.763,00 (+0,06%) indica abertura europeia neutra; Ibex 35 Futuro em 15.182,50 (+1,02%) destaca força espanhola; VIX em 16,35 (+0,36%) sinaliza volatilidade moderada. Implicações para o Brasil incluem suporte ao Ibovespa via correlação 0,6 com S&P, potencial alta de 0,3%, mas VIX elevado pode pressionar fluxos para emergentes, elevando USD/BRL em 0,1%.

8. Mercado Brasileiro

O Ibovespa fechou o dia anterior em 141.618 pontos (-0,12%), com rotação para defensivos entre tensões políticas. O EWZ fechou em 29,54 (-0,14%), after-hours em 29,48 (-0,20%), refletindo cautela externa; EEM em 51,19 (+0,55%), pré-abertura em 51,45 (+0,51%) sugere apetite por emergentes. Petrobras ADR (PBRa) em 11,39 (+0,44%), pré-abertura 11,43 (+0,35%), beneficiada por petróleo; Vale ADR em 10,35 (-0,96%), pré-abertura 10,37 (+0,19%), pressionada por minério mas com recuperação. Implicações locais: Abertura estável para Ibovespa com suporte de ADRs mas risco político limitando ganhos em 0,2%.

9. Calendário Econômico

Nas últimas horas, o NFIB Otimismo nos EUA subiu para 100,8 (vs. 100,5 proj.), apoiando cortes de juros e beneficiando emergentes como Ibovespa (+0,1-0,3%); IPC China mensal em 0,0% (abaixo de 0,1%) e anual -0,4% (vs. -0,2%) pressionam commodities, enfraquecendo USD/BRL em 0,05%; Produção de Veículos Brasil em +3,0% (vs. 15,7% ant.), sinalizando desaceleração industrial com impacto neutro no Ibovespa. Hoje, eventos chave incluem:

  • 07:00 EUR: ECOFIN Meetings (importância média) - Discussões fiscais; impacto neutro no USD/BRL.
  • 09:00 BRL: IPCA Mensal (Aug) (alta importância, proj. -0,15%) - Se abaixo de 0,26% ant., suporta Selic estável, alta leve no Ibovespa (0,2%); acumulado 12m 5,10% (vs. 5,23%) guia inflação.
  • 09:30 USD: IPP Mensal (Aug) (alta, proj. 0,3%) - Acima pode elevar yields, pressionando USD/BRL +0,1-0,2% e Ibovespa -0,3%.
  • 11:30 USD: Estoques de Petróleo EIA (proj. -1,900M) - Queda apoia petróleo, beneficiando Petrobras e Ibovespa +0,4%.
  • 14:00 USD: Leilão Note 10Y (proj. 4,255%) - Yield alto fortalece dólar, impacto negativo no Ibovespa.
  • 14:30 BRL: Fluxo Cambial (proj. -0,231B) - Saída pressiona USD/BRL +0,15%.

Monitore IPCA para direção diária.

10. Projeções

Fatores como yields americanos elevados, commodities mistas e tensões políticas sugerem para o Ibovespa uma alta leve (probabilidade 55%), impulsionada por S&P e petróleo, mas limitada por STF e China.

Para USD/BRL, estável (probabilidade 60%), com DXY fraco contrabalançando IPCA e fluxos, faixa 5,42-5,45.

Tabela Resumo

Ativo/MercadoVar%CotaçãoIbov (+/-)USD/BRL (+/-)
Bonds USA 2Y+0,11%3,546%-+
Bonds USA 10Y+0,47%4,091%-+
---
Ouro+0,29%3.692,92+-
Ferro Fut+0,25%112,94+-
Cobre Fut0,00%4,5693+-
Níquel Fut-0,43%15.042-+
Petróleo Fut+0,73%63,09+-
Café Fut.+1,06%385,83+-
Soja Fut.-0,36%1.027,25-+
---
SP500 Fut+0,24%6.528,60+-
Nasdaq Fut+0,16%23.878,80+-
Dax Fut+0,06%23.763,00+-
Vix+0,36%16,35-+
EWZ-0,20%29,48-+
EEM+0,51%51,45+-
ADR PETRO+0,35%11,43+-
ADR VALE+0,19%10,37-+
---
Dollar Index-0,04%97,75-+
USD/BRL-0,02%5,4322+-
Dólar Fut CME-0,14%5,4310-+
Bitcoin-0,60%112.375,6-+
Ethereum-0,74%4.327,44-+

Verificação Final: Dados precisos até o momento da geração, elaborados com IA. Acompanhe variações em tempo real, pois podem alterar esta visão. Caso encontre algum erro, por gentileza poste nos comentários. Consulte profissional de investimentos habilitado para decisões.

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