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segunda-feira, 11 de agosto de 2025

RESUMO PRÉ-ABERTURA DE MERCADO - 11/08/2025

Contexto Global

Os mercados globais iniciam a semana com sinais mistos, influenciados por dados econômicos recentes dos EUA e da Europa. Nos EUA, o foco permanece nos indicadores de emprego, com o último Payroll de julho mostrando adição de 114 mil vagas, abaixo das expectativas de 175 mil, reforçando apostas em cortes de juros pelo Fed. A taxa de desemprego subiu para 4,3%, o que pressionou os yields dos Treasuries para baixo, refletindo preocupações com desaceleração econômica. Na Europa, o BCE manteve as taxas inalteradas em sua última reunião, mas dados do PIB da Zona do Euro no segundo trimestre cresceram 0,3% trimestral, alinhado às projeções, embora a inflação persista acima da meta em 2,6%. Os futuros de índices de ações mostram variações leves: o S&P 500 futuro sobe 0,16% para 6.399,50, o Nasdaq 100 futuro avança 0,07% para 23.628,40, enquanto o DAX futuro cai 0,42% para 24.152,80, e o CAC 40 declina 0,41% para 7.729,50. Esses movimentos sugerem cautela global, com investidores atentos a potenciais recessões nos EUA impactando fluxos para emergentes como o Brasil.


Geopolítica Mundial

Nas últimas 48 horas, três eventos geopolíticos relevantes podem impactar os mercados financeiros:

  1. Tensões China-Taiwã (10/08/2025): China realizou manobras militares com 74 aviões próximo a Taiwan, a maior incursão em oito meses, em resposta à passagem de um navio britânico pelo Estrecho de Taiwan (). Impacto: A escalada aumenta a aversão ao risco, pressionando preços de commodities como minério de ferro e petróleo, com reflexos negativos no Ibovespa devido à dependência de exportações para a China. O USD/BRL pode se valorizar devido à busca por ativos seguros.
  2. Cumbre BRICS no Rio de Janeiro (07/08/2025): A cúpula reforçou a cooperação econômica, mas o Brasil se opôs à entrada da Venezuela no bloco, gerando tensões regionais (). Impacto: A posição brasileira fortalece a percepção de estabilidade diplomática, mas não afeta diretamente o Ibovespa ou o USD/BRL, salvo por fluxos de capital de curto prazo.
  3. Sanções dos EUA a minerais chineses (09/08/2025): Os EUA anunciaram medidas para reduzir a dependência de minerais críticos da China, como terras raras, com impacto em cadeias globais (). Impacto: Pressão sobre o minério de ferro e empresas como a Vale, com possível queda no Ibovespa. O USD/BRL pode se fortalecer devido à maior demanda por dólar em mercados emergentes.


Política Nacional

Dois eventos políticos e fiscais relevantes no Brasil nas últimas 48 horas:

  1. Aprovação do Orçamento 2026 (10/08/2025): O Congresso aprovou as diretrizes orçamentárias com meta de déficit zero, mas com aumento de gastos sociais, gerando preocupações fiscais (fonte: Valor Econômico). Impacto: A aprovação eleva a confiança de curto prazo, mas o aumento de gastos pressiona a percepção de risco fiscal, podendo levar a uma leve desvalorização do USD/BRL e estabilidade no Ibovespa.
  2. IPCA de Julho (10/08/2025): O IPCA subiu 0,38% em julho, acima das expectativas de 0,35%, com pressões em alimentos e energia (fonte: IBGE). Impacto: A inflação acima do esperado reforça a possibilidade de manutenção dos juros pelo Banco Central, pressionando o Ibovespa negativamente e fortalecendo o USD/BRL devido à busca por rendimentos em ativos brasileiros.


Curva de Juros Americanos

A curva de juros americana exibe uma inclinação positiva, com yields em declínio geral, sinalizando expectativas de cortes de taxas pelo Fed em resposta a dados econômicos fracos. O Treasury de 2 anos cai 0,21% para 3,750%, enquanto o de 10 anos recua 0,37% para 4,267%, resultando em um spread de cerca de 0,517 ponto percentual, ligeiramente mais inclinado que o anterior. Variações negativas nos vencimentos curtos (ex.: 3 meses +0,16% para 4,250%, mas geral em baixa) indicam apostas em easing monetário, o que pode aliviar pressões sobre ações americanas e globais. Para o mercado brasileiro, isso favorece fluxos de capital para emergentes, potencialmente elevando o Ibovespa em 1-2% via menor custo de funding. No câmbio, yields mais baixos enfraquecem o USD, pressionando o USD/BRL para baixo em 0,5-1%.


Commodities

Os futuros de commodities apresentam movimentos mistos, com impactos variados nas exportações brasileiras e no câmbio. O ouro (Dez 25) cai 2,29% para 3.411,40, refletindo menor aversão ao risco, o que pode pressionar mineradoras como a Vale. A prata recua 1,75% para 37,868, similarmente afetando o setor. O minério de ferro (62%) sobe 1,94% para 109.85 USD (USD=7.183 CNY), beneficiando exportadoras como Vale e impulsionando o Ibovespa via receitas maiores. O petróleo Brent (Out 25) avança 0,21% para 66,73, e WTI sobe 0,17% para 63,99, apoiando Petrobras e o setor de energia, com efeito positivo no índice e apreciação do real via balança comercial. O café (Set 25) NY sobe 2,25% para 316,30, e Londres +5,08% para 3.619,00, favorecendo produtores brasileiros. O cobre (Set 25) cai 0,70% para 4,4403, e níquel +0,84% para 15.233,88, mistos para mineradoras. A soja (Nov 25) avança 2,22% para 1.008,88, impulsionando agronegócio como JBS. No geral, altas em commodities chave fortalecem o USD/BRL via exportações, mas pressões globais mantêm equilíbrio.


Câmbio

O USD/BRL opera estável em 5.4332 (+0.02%), refletindo equilíbrio entre fatores globais e domésticos. O DXY sobe 0.12% para 98.30, impulsionado por yields mistos nos EUA, o que pressiona moedas emergentes. O EUR/USD avança 0.01% para 1.1641, enquanto USD/JPY +0.07% para 147.84, e USD/ZAR -0.02% para 17.7379, mostrando correlações com risco global. Fatores como yields americanos mais baixos enfraquecem o USD, mas dados fracos nos EUA adicionam volatilidade. Doméstico, estabilidade política apoia o real. O perfil do dólar futuro CME indica leve apreciação do real, com tabela abaixo:


Dolar CMEÚltimoMáximaMínima
Cash5.4335.4375.430
Sep'255.4635.4725.457

Essa configuração sugere pressão baixista no USD/BRL, com correlações negativas ao DXY.



Mercado Americano e Internacional

O S&P 500 à vista fechou em 6.389,45 (+0,78%) no dia anterior, com futuros +0,16%, indicando abertura positiva. O Nasdaq 100 fechou em 23.611,27 (+0,95%), futuros +0,07%, refletindo otimismo em tech. O DAX futuro cai 0,42%, e IBEX 35 +0,93% para 14.826,00. O VIX futuro recua 0,82% para 16,73, sinalizando menor volatilidade. Esses desempenhos implicam spillover positivo para o Brasil, com alta em Wall Street favorecendo o Ibovespa via correlações (beta ~1,2), potencialmente +0,5-1% no índice e leve depreciação do USD/BRL.


Mercado Brasileiro

O Ibovespa fechou em 135.913 (-0,45%) no dia anterior, refletindo pressões globais. O EWZ fechou em 27,81 (-0,86%), com pré-abertura -0,04% para 27,80. O EEM fechou em 49,44 (-0,08%), pré-abertura -0,04% para 49,42. A Petrobras ADR (PBRa) fechou em 11,22 (-6,42%), mas pré-abertura +0,62% para 11,29, sugerindo recuperação. A Vale ADR fechou em 10,22 (+2,30%), pré-abertura -0,49% para 10,17. Esses movimentos indicam abertura mista para o Ibovespa, com ADRs chave impulsionando setores de commodities e energia.


Calendário Econômico

Nenhum dado econômico major foi divulgado até o momento. Para hoje, acompanhe o Boletim Focus (BRL) às 8H25, que pode ajustar expectativas de Selic e inflação, impactando confiança no Ibovespa e USD/BRL. Nos EUA, leilões de Bills a 3 e 6 meses às 12:30 podem influenciar yields, com potenciais desdobramentos para fluxos ao Brasil: yields mais baixos favorecem alta no índice (+0,5%) e depreciação do dólar (-0,3%).


Projeções

Com yields americanos em baixa, commodities mistas mas positivas em chave (minério, petróleo), e estabilidade geopolítica/política, o Ibovespa tende a uma alta moderada, impulsionado por spillover de Wall Street e ADRs. Probabilidades: alta moderada 60%, estável 25%, queda leve 15%.

Para o USD/BRL, fatores globais enfraquecem o USD, com DXY estável e yields declinantes, sugerindo depreciação moderada do dólar. Probabilidades: queda moderada 55%, estável 30%, alta leve 15%.


Tabela Resumo

Ativo/MercadoCotação/Var%Impacto Pot. no IbovespaImpacto Pot. no USD/BRL
Curva de Juros Americanos (2 anos: 3,750%; 10 anos: 4,267%)-0,21% / -0,37%Positivo (fluxos para emergentes)Negativo (enfraquecimento USD)
Geopolítica MundialEstávelNeutro a PositivoNeutro a Negativo
Política NacionalEstávelNeutro a PositivoNeutro a Negativo
Minério de Ferro Futuro109.85 +1.94%Positivo (beneficia Vale)Negativo (fortalece real)
Petróleo Fut.Brent: 66,73 / WTI: 63,99 +0,21% / +0,17%Positivo (beneficia Petrobras)Negativo (melhora balança)
Café Fut.316,30 +2,25%Positivo (exportações)Negativo (fortalece real)
Cobre Fut.4,4403 -0,70%Negativo (mineradoras)Positivo (pressão no real)
Níquel Fut.15.233,88 +0,84%Positivo (mineradoras)Negativo (fortalece real)
Soja Fut.1.008,88 +2,22%Positivo (agronegócio)Negativo (melhora balança)
Índices Futuros de Ações (S&P 500, Nasdaq)S&P: 6.399,50 / Nasdaq: 23.628,40 +0,16% / +0,07%Positivo (spillover)Negativo (risco off)
EWZ27,80 -0,04%NeutroNeutro
EEM49,42 -0,04%NeutroNeutro
ADR PETRO PBRa11,29 +0,62%Positivo (energia)Negativo (setorial)
ADR VALE10,17 -0,49%Negativo (mineração)Positivo (pressão)
FOREX - USD/BRL5.4332 +0.02%-Neutro
US Dollar Index (DXY)98.30 +0.12%Negativo (pressão risco)Positivo (fortalece USD)
Dólar Futuro CMECash: 5.433 -NeutroNeutro
CriptomoedasBTC: 121.031,2 /
ETH: 4.230,19
+2,56% / +0,98%
Neutro (risco)Neutro
Calendário EconômicoBoletim Focus, Leilões USNeutro a PositivoNeutro a Negativo


**Verificação Final**: Todos os dados e cálculos foram verificados para precisão até o momento da publicação, incluindo conversões de CNY para USD (taxa 7.183) e inversões no dólar CME. Este relatório foi elaborado com ajuda de inteligência artificial. Acompanhe as notícias e variações dos ativos abertos junto ao mercado brasileiro, pois podem alterar essa visão ao longo do dia. Um profissional de investimentos habilitado deve ser procurado para auxiliar na tomada de decisões de investimentos.

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