Contexto Global
Os mercados globais operam em tom cauteloso nesta sexta-feira, refletindo preocupações com a desaceleração econômica nos EUA e na Europa. Os futuros de índices de ações globais mostram quedas significativas, com o S&P 500 futuro caindo 1,19%, o Nasdaq 100 futuro recuando 1,50% e o DAX alemão em baixa de 1,56%. Dados recentes dos EUA, como o Payroll de maio, indicaram um mercado de trabalho resiliente, mas com sinais de moderação, enquanto as expectativas de inflação Michigan, a serem divulgadas hoje, podem reforçar a percepção de pressões inflacionárias persistentes. Na Europa, a produção industrial de abril caiu 2,4% (abaixo da projeção de -1,6%), sinalizando fraqueza na Zona do Euro, especialmente após a balança comercial registrar superávit de apenas €9,9 bilhões, bem abaixo dos €18,2 bilhões esperados. Esses fatores pesam sobre o sentimento de risco, com investidores atentos ao discurso de Elderson, do BCE, às 12:00, que pode sinalizar a postura do banco central europeu frente à desaceleração.
Geopolítica Mundial
As tensões geopolíticas continuam a influenciar os mercados. A disputa comercial entre EUA e China ganhou novo fôlego com discussões sobre tarifas adicionais a semicondutores, impactando o fluxo de capital para mercados emergentes. No Oriente Médio, a instabilidade persiste devido a conflitos regionais, mantendo a volatilidade nos preços do petróleo. A guerra na Ucrânia segue como um fator de risco, com sanções à Rússia afetando os mercados de commodities, especialmente níquel e gás natural. Esses eventos sustentam a cautela nos mercados globais, com potencial para pressionar as exportações brasileiras de commodities e o real.
Política Nacional
No Brasil, o cenário político permanece desafiador. As discussões sobre a reforma tributária avançam lentamente no Congresso, com tensões entre governo e oposição dificultando consensos. Dados recentes do IPCA apontam para uma inflação persistente, enquanto o crescimento do setor de serviços (a ser divulgado às 09:00) pode oferecer pistas sobre a resiliência da economia doméstica. A confiança dos investidores segue abalada pela incerteza fiscal, especialmente após revisões nas projeções de déficit primário. Esses fatores podem limitar a valorização do real e pressionar o Ibovespa, especialmente em setores sensíveis à política fiscal, como bancos e consumo.
Curva de Juros Americanos
A curva de juros americana exibe um perfil de alta moderada, com o rendimento do título de 10 anos em 4,371% (+0,34%) e o de 2 anos em 3,922% (+0,41%). A inversão entre os rendimentos de curto e longo prazo persiste, sugerindo preocupações com uma possível recessão nos EUA. A alta nos rendimentos reflete expectativas de inflação persistente e menor probabilidade de cortes de juros pelo Federal Reserve no curto prazo. Para o Brasil, isso implica maior pressão sobre o USD/BRL, com fluxos de capital favorecendo ativos em dólar, e potencial impacto negativo sobre o Ibovespa, devido à maior atratividade dos treasuries americanos.
Commodities
Os futuros de commodities apresentam desempenhos mistos. O petróleo Brent (+8,88%) e WTI (+9,17%) registram fortes altas, beneficiando empresas como Petrobras (PBRa), que sobe 3,83% na pré-abertura. O minério de ferro (62%) está cotado a US$98,32 (USD=CNY 7,15), com variação de -0,14%, pressionando as margens da Vale, cujo ADR recua 0,94% na pré-abertura. O café futuro caiu 2,16%, refletindo preocupações com a demanda global, enquanto a soja (+0,41%) mostra leve recuperação, favorecendo exportadoras brasileiras. O cobre (-2,31%) e o níquel (+0,06%) apresentam movimentos divergentes, com o cobre pressionado pela desaceleração industrial chinesa. Esses movimentos impactam diretamente as exportações brasileiras e o câmbio, com o petróleo sustentando o real e o minério de ferro limitando ganhos.
Câmbio
O USD/BRL opera estável em 5,5405 (+0,06%), mas com viés de alta devido à força do US Dollar Index (DXY), que sobe 0,42% para 98,33. O EUR/USD recua 0,60% para 1,1515, refletindo a fraqueza do euro frente ao dólar, enquanto o USD/ZAR sobe 1,33%, indicando pressão sobre moedas de mercados emergentes. No mercado futuro, o dólar CME (julho/25) está cotado a R$5,57, com máxima de R$5,59 e mínima de R$5,55, sinalizando volatilidade moderada. A tabela abaixo detalha o perfil do dólar futuro CME:
Dólar CME | Último | Máxima | Mínima |
---|---|---|---|
Cash | 5,54 | 5,55 | 5,54 |
Jul'25 | 5,57 | 5,59 | 5,55 |
Fatores globais, como a alta dos rendimentos americanos, e domésticos, como a incerteza fiscal, sustentam a pressão altista sobre o USD/BRL.
Mercado Brasileiro
O Ibovespa fechou ontem em 137.800 pontos (+0,49%), impulsionado pelo desempenho de Petrobras (PBRa), cujo ADR subiu 2,41%. Na pré-abertura, o PBRa avança 3,83%, refletindo a alta do petróleo, enquanto o ADR da Vale cai 0,94%, alinhado à fraqueza do minério de ferro. O EWZ (iShares MSCI Brazil ETF) recuou 0,25% ontem, com after-hours em -0,25%, e o EEM (iShares MSCI Emerging Markets ETF) caiu 1,71% na pré-abertura, sinalizando cautela em mercados emergentes. A combinação de alta do petróleo e fraqueza do minério sugere um desempenho misto no Ibovespa hoje, com suporte em setores de energia e pressão em mineradoras.
Calendário Econômico
Os principais eventos de hoje incluem:
- 09:00 BRL: Crescimento do Setor de Serviços (Abril) – Projeção de impacto na confiança do mercado doméstico.
- 11:00 USD: Confiança do Consumidor Michigan (Junho) – Pode influenciar expectativas de política monetária nos EUA.
- 12:00 EUR: Discurso de Elderson (BCE) – Possíveis sinais sobre juros na Zona do Euro.
- 16:30 USD: Relatório CFTC – Posições especulativas em commodities e moedas, com destaque para o BRL (30,8K).
Resultados abaixo do esperado, especialmente no setor de serviços brasileiro, podem pressionar o Ibovespa, enquanto o discurso do BCE pode impactar o EUR/BRL.
Projeções
O Ibovespa deve abrir em leve baixa, pressionado pela fraqueza dos futuros globais (-1,19% no S&P 500) e pela queda do minério de ferro, mas com suporte parcial da alta do petróleo. O USD/BRL deve manter viés de alta, impulsionado pela força do DXY e pela incerteza fiscal doméstica. Projeção para o Ibovespa: leve baixa (-0,5% a -1,0%), com probabilidade de 65%. Projeção para o USD/BRL: alta moderada (+0,3% a +0,7%), com probabilidade de 70%.
Tabela Resumo
Ativo/Mercado | Cotação/Var% | Impacto Pot. no Ibovespa | Impacto Pot. no USD/BRL |
---|---|---|---|
Curva de Juros Americanos | 4,371% (+0,34%) 10 anos | Negativo | Positivo |
Geopolítica Mundial | - | Negativo | Positivo |
Política Nacional | - | Negativo | Positivo |
Minério de Ferro Futuro | US$98,32 (-0,14%) | Negativo | Neutro |
Petróleo Fut. | Brent: $75,52 (+8,88%) | Positivo | Negativo |
Café Fut. | 340,28 (-2,16%) | Negativo | Neutro |
Cobre Fut. | 4,7238 (-2,31%) | Negativo | Neutro |
Níquel Fut. | 15.116,13 (+0,06%) | Neutro | Neutro |
Soja Fut. | 1.046,25 (+0,41%) | Positivo | Negativo |
Índices Futuros de Ações | S&P 500: -1,19% | Negativo | Positivo |
EWZ | 28,08 (-0,25%) | Negativo | Neutro |
EEM | 47,05 (-1,71%) | Negativo | Positivo |
ADR PETRO PBRa | 11,92 (+3,83%) | Positivo | Negativo |
ADR VALE | 9,45 (-0,94%) | Negativo | Neutro |
FOREX - USD/BRL | 5,5405 (+0,06%) | - | Positivo |
US Dollar Index (DXY) | 98,33 (+0,42%) | Negativo | Positivo |
Dólar Futuro CME | 5,57 (-0,07%) | - | Positivo |
Criptomoedas (Bitcoin, Ethereum) | BTC: -2,45% | Neutro | Neutro |
Calendário Econômico | - | Negativo | Positivo |
MVerificação Final
Este relatório foi elaborado com base em dados verificados até 07:30 AM -03 de 13/06/2025, com auxílio de inteligência artificial. Recomenda-se consultar um profissional de investimentos habilitado antes de tomar decisões de investimento.
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