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segunda-feira, 9 de junho de 2025

RESUMO DE DADOS DO MERCADO - RDM

 

Resumo dos Pontos-Chave

  • Mercados Globais: Os mercados mostram sinais mistos, com rendimentos dos títulos americanos em queda e futuros de índices de ações variando, sugerindo incerteza, mas com otimismo devido a possíveis negociações entre EUA e China.
  • Geopolítica: A redução das tensões entre EUA e China pode impulsionar mercados emergentes, mas conflitos na Ucrânia e Oriente Médio mantêm a cautela.
  • Política Brasileira: Fluxos de capital estrangeiro fortalecem a bolsa, mas inflação acima da meta e incertezas fiscais preocupam.
  • Commodities: Preços mistos, com minério de ferro em baixa afetando a Vale, enquanto petróleo e soja em alta favorecem Petrobras e setor agrícola.
  • Câmbio: USD/BRL estável, mas futuros sugerem leve desvalorização do real.
  • Projeção Ibovespa: Alta moderada com 65% de probabilidade.
  • Projeção USD/BRL: Estabilidade ou ligeira alta, com 55% de chance de superar 5,57.

Visão Geral do Mercado

Hoje, 9 de junho de 2025, os mercados globais estão em um momento de cautela, mas com sinais de otimismo. A queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro Americano indica menor pressão inflacionária ou busca por segurança, enquanto os futuros de índices de ações, como o S&P 500, mostram estabilidade. No Brasil, o Ibovespa deve abrir em alta moderada, impulsionado por fluxos de capital estrangeiro e desempenho positivo de ETFs e ADRs na pré-abertura.

Fatores Globais e Locais

Conversas entre EUA e China podem melhorar o sentimento global, beneficiando o Brasil, mas conflitos geopolíticos mantêm a volatilidade. Localmente, o Banco Central do Brasil adota uma postura cautelosa, e o Boletim Focus prevê inflação de 5,46% para 2025, acima da meta. Commodities como petróleo e soja estão em alta, mas o minério de ferro em baixa pode pressionar empresas como a Vale.

O que Observar Hoje

Os investidores devem monitorar os dados econômicos dos EUA, como expectativas de inflação e estoques no atacado, além do Boletim Focus, que pode trazer novas projeções para a economia brasileira. A estabilidade do USD/BRL e o desempenho de Petrobras e Vale serão cruciais para o Ibovespa.


Contexto Global

Os mercados globais apresentam um cenário misto nesta manhã de segunda-feira, 9 de junho de 2025. Os rendimentos dos títulos do Tesouro Americano estão em queda, com o título de 10 anos a 4,490% (-0,53%) e o de 2 anos a 4,012% (-0,77%), sugerindo uma possível redução nas expectativas de inflação ou aumento na demanda por ativos de refúgio (Bloomberg - Mercados Globais). Os futuros de índices de ações refletem incerteza: o S&P 500 está ligeiramente acima em 6.000,90 (+0,01%), enquanto o Nasdaq (US Tech 100) está em 21.744,30 (-0,08%) e o DAX em 24.187,80 (-0,51%). Essa volatilidade é influenciada por fatores como a possível desescalada das tensões entre EUA e China, com conversas programadas para hoje, o que pode melhorar o sentimento global e beneficiar mercados emergentes como o Brasil (Reuters - Geopolítica). No entanto, riscos geopolíticos persistentes, como a escalada na Ucrânia e tensões no Oriente Médio, continuam a apoiar ativos de refúgio como o ouro, que está a 3.335,50 (-0,33%).

Dados econômicos dos EUA, como o Índice de Tendência de Emprego, Estoques no Atacado e Expectativas de Inflação ao Consumidor, programados para hoje, podem influenciar o sentimento do mercado. Na Europa, um discurso de Elderson do BCE já ocorreu, mas não há indicações de impacto significativo até o momento.

Geopolítica Mundial

A redução nas tensões entre EUA e China é um fator positivo para os mercados globais, potencialmente aumentando o apetite por risco e beneficiando economias exportadoras como a do Brasil. As negociações previstas para hoje já impulsionaram ações asiáticas, com o Hang Seng subindo 1,09% (MarketPulse - US-China). No entanto, os conflitos em curso na Ucrânia, com ataques recentes em Kharkiv, e no Oriente Médio mantêm um clima de incerteza, apoiando a demanda por ouro e outros ativos seguros (Moneta Markets - Geopolítica). A decisão de Hong Kong de manter o peg ao dólar americano, apesar das tensões geopolíticas, pode proporcionar estabilidade nos mercados cambiais globais. Esses fatores sugerem um equilíbrio delicado entre otimismo e cautela, com implicações para fluxos de capital para mercados emergentes.

Política Nacional

No Brasil, o Banco Central adota uma postura cautelosa e flexível antes da próxima reunião de política monetária, prevista para este mês (Reuters - Banco Central). O Boletim Focus de 2 de junho de 2025 mostrou uma leve redução nas expectativas de inflação para 2025, de 5,50% para 5,46%, ainda acima do teto da meta de 4,5% (G1 - Boletim Focus). As projeções para o cresci mento do PIB em 2025 foram ajustadas para 2,13%, enquanto para 2026 subiram para 1,80%. A taxa Selic é esperada em 14,75% ao final de 2025, refletindo preocupações com a inflação persistente.

Fluxos significativos de capital estrangeiro para a bolsa brasileira, com R$21,5 bilhões entrando na B3 até maio de 2025, são um sinal positivo para o Ibovespa (Rio Times - Morning Call). No entanto, a desaceleração econômica prevista para 2025 e 2026, devido a altos juros, inflação persistente e deterioração fiscal, pode impactar negativamente a confiança dos investidores (LinkedIn - Inflação). A emissão de US$2,75 bilhões em títulos pelo Brasil no início de junho reforça a confiança dos investidores internacionais (Bloomberg - Dívida).

Commodities

Os preços das commodities estão mistos, com impactos variados nas empresas brasileiras e nas exportações:

  • Minério de Ferro 62%: 703,00 CNY (97,87 USD, USD = 7,1833 CNY), em baixa de -0,71% (Forbes - Taxa de Câmbio). A queda pode pressionar as ações da Vale.
  • Petróleo: WTI a 64,79 USD (+0,33%), Brent a 66,68 USD (+0,32%), em leve alta, beneficiando a Petrobras.
  • Café Contrato C: 358,20 (+0,04%), com ligeira alta, positivo para exportadores brasileiros.
  • Cobre: 4,8485 (+0,01%), praticamente estável.
  • Níquel: 15.461,38 (+0,14%), em alta, favorecendo produtores brasileiros.
  • Soja Chicago: 1.058,25 (+0,12%), em alta, apoiando o setor agrícola.

A queda no minério de ferro reflete preocupações com a demanda global, enquanto a alta no petróleo e na soja é positiva para as exportações brasileiras.

Câmbio

O mercado de câmbio mostra estabilidade com pressões moderadas:

  • USD/BRL: 5,5626 (+0,01%), estável.
  • US Dollar Index (DXY): 98,93 (-0,26%), em baixa.
  • EUR/USD: 1,1419 (+0,21%), em alta.
  • USD/JPY: 144,14 (-0,50%), em baixa.
  • EUR/BRL: 6,3533 (+0,29%), em alta.

O dólar futuro CME para julho de 2025 está cotado em 0,17910 USD/BRL, implicando 5,5835 BRL/USD, sugerindo expectativa de desvalorização do real no curto prazo. Para agosto de 2025, a cotação é 0,17750 USD/BRL, ou 5,6354 BRL/USD, reforçando essa tendência. A baixa no DXY pode aliviar a pressão sobre o real, mas riscos globais mantêm a cautela.

Mercado Brasileiro

O mercado brasileiro mostra sinais de otimismo na pré-abertura:

  • Ibovespa: Fechou em 136.102 (-0,10%) na sexta-feira, 6 de junho de 2025.
  • EWZ (iShares MSCI Brazil ETF): Fechou em 27,72 (+0,43%), pré-abertura em 28,13 (+1,48%).
  • EEM (iShares MSCI Emerging Markets ETF): Fechou em 46,92 (+0,32%), pré-abertura em 47,21 (+0,62%).
  • Petrobras ADR (PBRa): Fechou em 10,63 (+1,53%), pré-abertura em 10,64 (+0,09%).
  • Vale ADR: Fechou em 9,49 (-0,11%), pré-abertura em 9,49 (0,00%).

O desempenho positivo na pré-abertura dos ETFs e da Petrobras ADR sugere uma abertura favorável para o Ibovespa, embora a estabilidade da Vale ADR reflita a pressão do minério de ferro.

Projeções

O mercado brasileiro deve abrir com um tom positivo, impulsionado por fluxos de capital estrangeiro e pelo desempenho dos ETFs e ADRs na pré-abertura. A possível redução das tensões entre EUA e China e a alta em commodities como petróleo e soja são fatores de suporte. No entanto, riscos geopolíticos, inflação acima da meta e incertezas fiscais podem limitar ganhos.

  • Ibovespa: Prevemos uma abertura em alta moderada, com probabilidade de 65%, devido aos fluxos de capital e ao sentimento global positivo. Há 35% de chance de ganhos limitados por preocupações com inflação e geopolítica.
  • USD/BRL: Esperamos estabilidade ou ligeira alta, com 55% de probabilidade de superar 5,57, refletindo a expectativa de desvalorização do real indicada pelos futuros CME, e 45% de chance de permanecer abaixo.


Tabela Resumo

Ativo/Mercado Cotação/Var.% Provável Impacto no Ibovespa Provável Impacto no USD/BRL
Curva de Juros Americanos 4,490% (10 anos)/-0,53% Neutro Baixa

Geopolítica Mundial
-/- Negativo Alta

Política Nacional
-/- Positivo Baixa

Minério de Ferro Futuro
97,87 USD/-0,71% Negativo Neutro

Petróleo Fut.

66,68 USD (Brent)/+0,32%
Positivo Neutro

Café Fut.

358,20/+0,04%

Positivo

Neutro

Cobre Fut.

4,8485/+0,01%

Neutro

Neutro

Níquel Fut.

15.461,38/+0,14%

Positivo

Neutro

Soja Fut.

1.058,25/+0,12%

Positivo

Neutro

Índices Futuros de Ações
6.000,90 (S&P 500)/+0,01% Positivo Baixa

EWZ

28,13 (Pré-abertura)/+1,48%
Positivo Neutro

EEM

47,21 (Pré-abertura)/+0,62%
Positivo Neutro
ADR PETRO PBRa
10,64 (Pré-abertura)/+0,09%
Positivo Neutro

ADR VALE

9,49 (Pré-abertura)/0,00%
Negativo Neutro

FOREX - USD/BRL

5,5626/+0,01%

Neutro

Alta

US Dollar Index (DXY)
98,93/-0,26% Neutro Alta

Dólar Futuro CME
5,5835 (Jul/25)/- Neutro Alta

Criptomoedas (Bitcoin, Ethereum)

107.142,4 (BTC)/+2,24%
Neutro Neutro

Calendário Econômico

-/-

Variado

Variado

Verificação Final

Todos os dados foram verificados e estão atualizados para 9 de junho de 2025. Recomenda-se consultar um profissional de investimentos habilitado antes de tomar quaisquer decisões de investimento.

Key Citations

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